
I Coríntios 13: 4-7 – O amor é
paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não
maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda
rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
A RECEITA DO AMOR
Imagine um mundo sem violência, brigas,
guerras e tristeza. Onde só há alegria e sorrisos. Você pode pensar que este é
um pensamento antibíblico, pois Jesus mesmo disse que no mundo teríamos
aflições. Porém esse não era o desejo inicial de Deus quando criou o homem. Então
o que houve com a humanidade? Isso teria solução? O segredo resume-se em uma
palavra simples de ser falada e difícil de ser praticada: AMOR!
O
apóstolo Paulo nos deixou a receita do amor que provém de Deus e como exercê-lo.
Contendo ingredientes
fundamentais para uma vida feliz, o amor pode ser utilizado sem medida e sem restrição.
fundamentais para uma vida feliz, o amor pode ser utilizado sem medida e sem restrição.
O primeiro ingrediente é a paciência, “o
amor é paciente” (v.4). O termo
"paciente" é um verbo grego que significa “longe” e também
"raiva", "ira". Em outras palavras, significa
"afastar-se antes que você fique irado." e é o oposto de
“temperamento curto". O amor não se irrita com as pessoas facilmente, não
perde a têmpera, mas permanece paciente.
Quando tudo está indo do jeito que
queremos, é fácil demonstrar paciência. O verdadeiro teste de paciência aparece
quando nossos direitos são violados, quando alguém nos corta no trânsito, ou
quando o filho não para de gritar, ou até mesmo um amigo chato que nos
importuna; são tantos motivos que podem nos levar a exacerbar a impaciência.
Algumas pessoas acham que têm o direito de ficar chateadas quando enfrentando
irritações e provações. Impaciência é quase como uma ira justa. A Bíblia, no
entanto, fala de paciência como um fruto do Espírito, o qual deve ser produzido
por todos os Cristãos. Paciência revela nossa fé no fato de que Deus sabe qual
o melhor tempo para tudo e que Ele é onipotente e amoroso.
Vemos na Bíblia diversos exemplos de
pessoas cuja paciência foi característica de sua caminhada com Deus. Tiago nos
aponta aos profetas: “Meus irmãos, tomai, por exemplo, de aflição e paciência
os profetas que falaram em nome do Senhor” (Tg. 5:10). Ele também se refere à
Jó, cuja perseverança foi recompensada: “Eis que temos por bem-aventurados os
que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor
lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg. 5:11). Abraão
também foi paciente: “E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa”
(Hb. 6:15). Assim como Jesus é o nosso modelo em todas as coisas, Ele
demonstrou ser o modelo perfeito com sua perseverança paciente: “Olhando para
Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto,
suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de
Deus” (Hb. 12:2).
Como podemos
demonstrar paciência que é característica de Cristo? Primeiro, devemos
agradecer a Deus. A primeira reação geralmente é: “Por que eu?”, mas a Bíblia
nos diz que devemos regozijar na vontade de Deus. Segundo, devemos procurar
pelos Seus desígnios. Às vezes Deus nos coloca em situações difíceis para nos
dar a oportunidade de testemunhar. Outras vezes, Ele pode permitir uma provação
para santificar nosso caráter. Lembrar que Seu propósito é para o nosso
crescimento e Sua glória vai nos ajudar a perseverar em provações. Terceiro,
devemos lembrar-nos de Suas promessas, tal como a de Romanos 8:28, a qual nos
diz: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. “Todas as
coisas” incluem as coisas que testam nossa paciência.
Sendo assim quando alguém ou algo nos
aborrecer, como devemos responder? A resposta natural é impaciência, a qual
acaba levando a mais estresse, raiva e frustração. Graças a Deus que Cristãos
não estão mais presos à “resposta natural” porque temos uma nova natureza, a
natureza de Cristo. Pelo contrário, agora é que devemos ter a força do Senhor
para responder com paciência e com confiança completa no poder e propósito do
Pai. “A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção” (Romanos 2:7).
Prosseguindo com a receita temos a bondade,
“o amor é bondoso” (v. 4). Alguns dos significados da palavra “bondade”
podem "bom, gentil,
benevolente, benigno, ativamente benéfico apesar da ingratidão."
Consequentemente, significa mostrar sua própria bondade, isto é, ser gentil,
bom, benévolo, mesmo que seja confrontado com ingratidão.
O coração amoroso deseja o bem aos outros.
O que é o bem? Há algumas coisas que, por definição, são boas a todas as
pessoas: um relacionamento com Deus, paz, alegria, entre outros. No entanto, em
muitas situações, o que é bom para um pode não ser bom para outro. Jesus deixou
esse princípio claro na regra de ouro: "Assim, em tudo, façam aos outros o
que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas.” (Mt.
7:12). Todos querem o bem para si mesmo. Assim, para cumprimos o princípio da
Lei e dos Profetas, devemos querer o bem para os outros. Isso não significa que
devemos fazer ou dar aos outros exatamente as mesmas coisas que gostaríamos que
fizessem ou dessem a nós: devemos fazer e dar aos outros o bem que desejamos
para nós mesmos. Para isso, precisamos de envolvimento com as pessoas, para
descobrirmos o que é importante para ela ou ele, e quais necessidades
existentes na vida daquela pessoa poderiam ser endereçadas por nós. Cada pessoa
tem um modo distinto de pensar, por devemos tentar entendê-las e compreender
suas verdadeiras necessidades para ajudá-las. O amor é doação, não- apenas- no
sentido financeiro, mas doação de conforto, abraços, um ombro amigo. Quando
ajudamos alguém nos sentimos renovados e mesmo que, talvez, as coisas não estão
dando muito certo pra nós, a bondade com o próximo fortalece nossa alma.
Um elemento que não
faz parte da nossa receita do amor é a inveja, “o amor não arde em ciúmes”
(v.4). O ciúme aqui mencionado não é o
medo de perder algo ou alguém, aquele “natural”. Mas sim, aquele ciúme doentio,
inveja mesmo que deseja o que é do outro.
Quando o Deus conhecedor de nossa natureza,
por ter sido Ele mesmo, o Criador de todas as coisas, que nos formou com suas
próprias mãos e soprou em nós o fôlego de vida, afirma ciúmes.
Sabedor da existência
desse sentimento em nós, não nega-nos o direito de senti-lo, mas nos adverte
para que o amor não arda em ciúmes. Significa não se inflamar, ou seja, que a
pessoa não se consuma como que em chamas ou brasas.
Aqueles que
conheceram casos ou vivenciaram situações em que o ciúme ardia, sabe que é
consumido não só o que o sente, mas também, aquele que é o seu alvo.
O ciumento demonstra um comportamento
doentio, obcecado, excessivo. Considera a todos como seu inimigo em potencial,
acredita que o outro poderá lhe ser roubado a qualquer momento, em alguns casos
acredita que o outro já lhe foi roubado, só não consegue provar. Vive em um
estado constante de sofrimento procurando sinais da traição.
A pessoa que é o alvo
do ciumento só tem valor se corresponder as suas expectativas e idealizações.
O ciumento exige ser
ressarcido pelo sofrimento que imagina ter-lhe sido causado. Rumina cada
palavra e atitude do outro a procura de provas da infidelidade, da traição.
Enfim cerceia a liberdade daquele que diz amar.
O alvo desse ciúme sente-se pressionado,
com medo, medindo a todo instante o que diz o que faz, e até o que pensa.
Chegando mesmo a ter medo do que o ciumento possa pensar ou fazer. Ambos sofrem
muito.
A fonte da inveja e do ciúme é a carne, a
natureza antiga. Quando há ciúmes, você se alegra quando eu sofro e sofre
quando eu estou alegre, muito contrário do que a Palavra de Deus ordena (I Co.
12:26). Ao contrário, e uma vez que o amor não é invejoso, quando você ama,
você se alegra quando eu me alegro e sofre quando eu sofro. Se algum dia
existiu alguma palavra que significasse o contrário de amor, essa palavra seria
egoísmo. Infelizmente, o egoísmo é algo arraigado em todos nós desde o
nascimento. Você pode perceber isso no modo como as crianças se comportam e,
geralmente, na maneira como os adultos se maltratam. Quase todas as ações
pecaminosas já cometidas podem ser relacionadas a um motivo egoísta. O egoísmo
é uma característica que odiamos nos outros, mas que justificamos em nós
mesmos. Além disso, você não pode apontar as várias formas de egoísmo do seu
cônjuge sem admitir que você também seja egoísta. Isso seria hipocrisia.

Como conseguir ser
aperfeiçoado no amor? Na mesma carta, 1ª de João 5.13-15 encontramos: “Estas
coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros
que credes em o nome do Filho de Deus.”.
E esta é a confiança
que temos para com ele: que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele
nos ouve.
Então, se você ou
alguém que você conhece passa por situação de ciúme possessivo, peça ajuda a
Deus, Ele em sua infinita bondade irá lhe ajudar.
Outro elemento que também deve ser eliminado
da receita do amor é a Vanglória, o amor “não se vangloria” (v.4).
A palavra traduzida para "vangloriar"
aqui é um verbo grego que significa "mostrar-se a si mesmo um leviano e
fanfarrão". É o tipo de comportamento que continuamente diz: "Eu consegui,
Eu tenho, Eu fiz,...". A palavra “eu” é frequentemente usada por tal
pessoa. Como Cristãos, às vezes, fazemos o mesmo. Nós dizemos: "Eu fiz
para o Senhor...", "Eu tenho orado muito", "Eu gastei muito
tempo estudando a Bíblia hoje”, "Eu sei disto e daquilo da Bíblia"
significando que sou mais digno que você e que você provavelmente não fez “tudo
aquilo”.
Contudo, quando
amamos de fato, não nos vangloriamos, porque reconhecemos que não há nada que
nos faça diferente de qualquer outro irmão ou irmã da comunidade. Conforme 1
Coríntios 4:7 diz: "Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não
tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras
recebido?”.
Tudo que temos nos foi dado por Deus. Não
fizemos por merecê-los. É por isso que não temos o direito de vangloriarmos em
coisa alguma ou de alguém senão do Senhor. Conforme 1 Coríntios 1:31 nos diz: "AQUELE
QUE SE GLORIA GLORIE-SE NO SENHOR". Gloriaremos- nos então de nossas
habilidades, valor ou mesmo devoção? Se amarmos não faremos isto. Porque, se
amamos nos vangloriaremos no Senhor e Nele somente.
O Amor “não se orgulha” (v. 4). A
palavra grega para "orgulhar-se" é o verbo que literalmente significa
"vangloriar, esnobar, inchar". No Novo Testamente ele é usado 7
vezes, 6 delas em 1 Coríntios2. Em todos os casos ele é usado metaforicamente
com o significado de orgulho. Uma característica desta palavra está em 1
Coríntios 8:1 onde lemos: "Ora, no tocante às coisas
sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas
o amor edifica. E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como
convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele." A ciência
incha. Não estudamos a Bíblia apenas para adquirirmos ciência, mas para
conhecermos a Deus que nos revela a Si mesmo na palavra. Conforme I João 4:8
diz: "Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor." Sem
amor não conheceremos a Deus mesmo se formos cheios de ciência da Escritura.
Mais ainda, se a ciência permanece meramente como ciência e não é acompanhada
pelo amor então o resultado é a soberba, tornando-se orgulhoso, o qual é bem
contrário ao que é o amor.
Outro ponto importante no amor é que ele
“não maltrata” (v. 5) A
palavra "rudemente" aqui é o verbo grego que significa "comportar-se
de maneira indecente... agir com deformidade moral". O amor então não se
porta com imoralidade ou modos impróprios, e quando tal comportamento acontece
tem apenas uma fonte: O homem velho.
Nada irrita o outro
tão rápido quanto à grosseria. Arrogância é dizer coisas desnecessárias ou
fazer coisas desagradáveis com o próximo. Ser rude é ser constrangedor,
inconveniente e irritante. Quando um
homem é guiado pelo amor, ele, intencionalmente, se comporta de forma que faça
a pessoa amada se sentir confortável onde estiver.
Há duas razões
principais pelas quais as pessoas são rudes: ignorância e egoísmo. Com certeza,
nenhuma das duas é boa. Uma criança nasce ignorante no que se refere à
etiqueta, precisando de muita ajuda e treinamento. Os adultos, contudo, demonstram
sua ignorância em outro nível. Sabemos as regras, mas podemos nos fazer de cegos
sobre como as quebramos ou ser egocêntricos demais para nos importar. De fato,
não percebemos o quão desagradáveis podemos ser.
“O amor não busca interesses próprios”
(v. 5). Existem poucos lugares na Bíblia que nos instrui a não buscar nossos
próprios interesses. Romanos 15:1-3 nos diz: "Mas nós, que somos fortes,
devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto
cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque
também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram
as injúrias dos que te injuriavam.”.
Também
1 Coríntios 10:23-24: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as
coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
edificam. Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de
outrem." Quando caminhamos no amor não buscamos agradarmos a nós mesmos,
fazendo de nós o centro de nossas atividades (individualismo). Ao contrário,
através do servir a Deus nós buscamos agradar os outros. Foi o que Jesus Cristo
fez. Ele serviu a Deus no amor e não buscou sua autossatisfação. Por isso que
ele foi até a cruz. Conforme Filipenses 2:7-11 nos diz: Mas [Jesus] esvaziou-se
a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E,
achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte,
e morte de cruz. Por isso, [como consequência] também Deus o exaltou
soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de
Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de
Deus Pai." Jesus, por causa do amor que ele tinha por nós se esvaziou e
foi à cruz por nossa culpa. Mas foi algo feito em vão que terminou em uma perda
pessoal? NÃO. Ao contrário, por ele ter feito isto, Deus o EXALTOU. Da mesma
forma, quando amamos colocamos de lado nossos interesses particulares, interesse
de si mesmo, e damos nossa prioridade e atenção a Deus e nossos irmãos e irmãos
de caminhada. Preciso deixar claro aqui que quando eu falo aqui de
"interesses particulares" eu não quero dizer de nossas obrigações
particulares, coisas que temos que cuidar como parte da vida. Em vez disso,
estou falando mais sobre perder tempo em empreendimentos e hobbies que não
trazem glória a Deus, mas apenas satisfaz a carne, o homem velho. Ao dar
prioridade não a si mesmo, mas a Deus e Seu povo o resultado não será uma perda
pessoal, mas uma multidão de prêmios aqui e no céu. Conforme Cristo disse em
João 12:25-26: "Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a
sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e onde
eu estiver ali estará também o meu servo. “E, se alguém me servir, meu Pai o
honrará.”
Quantos investimentos você conhece que te
dá um retorno de CEM VEZES NESTE TEMPO? Exceto deixar de buscar nossos próprios
interesses primeiro e buscas as coisas de Deus e de nossos irmãos e irmãs de
caminhada eu não conheço nenhum. Para concluir: das duas uma, ou nos tornamos
individualistas, alimentando a carne e suas vontades e perdemos tudo, ou amamos
e, ao invés de cuidar primeiro de nossos próprios interesses, cuidemos das
coisas de Deus e dos irmãos e irmãs de caminhada. Neste caso teremos um retorno
de “cem vezes” do próprio Deus.
Outra
item que não fazer parte da receita do amor é a ira, “o amor não se ira
facilmente” (v. 5) A palavra traduzida como “irar” aqui é o verbo grego que
literalmente significa "afiar por esfregar em qualquer coisa, para aguçar;
para afiar, incitar, exasperar." É óbvio que provocação e raiva não podem
coexistir com amor sincero, porque eles se opõem.
A ira pode ser definida como uma reação
emocional a uma suposta ofensa ou injustiça. Por isso, normalmente ela expressa
quando uma pessoa interpreta as circunstâncias incorretamente, faz um
julgamento equivocado ou reage de imediato por se sentir ameaçada ou magoada.
Essa ira é injustificada e pecaminosa, pois, com efeito, nega o poder de Deus
de cuidar das nossas necessidades e mágoas.

“O amor não guarda rancor” (v.
5). A palavra “pensar” aqui é um verbo grego que significa
"considerar". Significa literalmente "colocar tudo na mente,
contar e ocupar a mente com considerações e cálculos". Uma tradução mais
apurada é dada pela Nova Versão Internacional (NVI) onde se lê: "o amor
não guarda rancor", Isto é, o amor esquece rápida e permanentemente o mal
que foi feito a ele. Às vezes pessoas no mundo trabalham anos planejando como vingar
de alguém de as feriu. Contudo, quando caminhamos como novas criaturas, quando
caminhamos no amor, então não guardamos os erros que fizeram contra nós, mas os
perdoamos. O sofrimento não torna uma mais forte, ou melhor, de forma
automática. A maneira como você reage ao sofrimento determina se essa mágoa vai
torná-lo melhor ou mais amargo. Deus proveu sua graça para consolar em tempos
de dor. Recusar a graça cria um ambiente interior onde o ressentimento e
amargura podem crescer. Toda pessoa, em algum ponto da sua vida, já
experimentou o que é ser magoado por outra pessoa. Nesta situação, você pode
então escolher entre perdoar ou insistir na justiça até se tornar alguém
amargo. Tornar-se amarga é uma questão de escolha que todas as pessoas
enfrentam. Quando a raiz da amargura brota, ela não destrói apenas a paz
interior, mas também pode causar enfermidades físicas. O ressentimento e
amargura pervertem tudo que tocam, começando pela pessoa que é amarga e
estendendo-se a outros relacionamentos. Mas ainda, a pessoa amargurada torna-se
escrava da pessoa a quem a amargura é dirigida.
“Tendo cuidado de que ninguém se prive da
graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por
ela muitos se contaminem”. Hb 12:15
Rute é um exemplo importante de alguém que
rejeitou o ressentimento e amargura. Ela perdeu sua pátria, seu idioma e
religião em que foi criada, as liberdades de sua cidadania e o núcleo familiar
em que viveu quase toda sua vida. Ela assumiu novos compromissos, novas
responsabilidades, e tudo isso numa terra em que era considerada estrangeira e
inimiga. No entanto, sua fé a capacitou a seguir adiante contra uma adversidade
esmagadora e assim experimentar a extraordinária providência de Javé, o Deus de
Israel. Rute pagou um alto preço. Ela enfrentou dor e sofrimento, mas foi
recompensada por sua fidelidade tornando-se parte da linhagem do Messias.
Noemi,
por outro lado, retornou à sua pátria e ao seu povo e mais uma vez se encontrou
sob a proteção de Javé. Ela perdeu o marido e dois filhos, mas ganhou uma nora
incomparável (Rt 4:15) cuja devoção carinhosa tornou-se exemplo para as gerações
seguintes. Passou por um ciclo de amargura, mas devido a sua fé, foi purificada
e teve restaurado um justo relacionamento com Deus e com as outras pessoas. Ela
experimentou novamente a alegria de sentir-se útil quando olhou para além das
circunstâncias e disse “não” ao ressentimento e amargura e “sim” à soberana
graça e ao plano de Deus para sua vida.
O
ressentimento e amargura podem ter efeitos de longo alcance, longa duração de
autodestruição. Uma pessoa amarga deve primeiro se converter verdadeiramente à
Cristo. Depois de aceitar o seu perdão, ela passa a ser capaz de perdoar as
outras pessoas como Jesus ordenou (Mt 6:12). Uma forma bem prática de fazer
isso é substituindo a amargura pelo amor, principalmente demonstrando amor por
quem ofendeu você.
Quando
estamos magoados pode parecer impossível perdoar e ainda mais demonstrar amor
por quem tanto nos ofendeu, mas o Senhor Jesus determinou assim porque este é o
caminho para nossa própria cura, para termos a oportunidade de vivermos livres
de raiz de amargura e experimentarmos a plena felicidade que só pode vir das
mãos de Deus para as nossas vidas.
"O amor não se alegra com a injustiça,
mas se alegra com a verdade” (v.6). A palavra "iniquidade" também
vem do grego e eu significado é: "o que não se conforma com o certo, o que
não devia ser; o que não deve ser por causa da verdade revelada, ou seja,
errado, injustiça." Tudo que é contra a verdade é injusto. E em João
17:17, sabemos que a verdade é a Palavra de Deus, o que é contra a Palavra, é injustiça.
Assim, conforme esta passagem, o amor se alegra com a verdade, a Palavra de
Deus.
Com
este amor na minha vida, nunca vou me regozijar quando a pessoa que amo falha,
nem quando recebe a justa punição, muito menos quando recebe injustiça, seja
ela pequena ou grande. Se for só a pessoa que amo que recebe o elogio ou
recompensa que em parte também caberia a mim, eu assim mesmo me alegro.
Deus nos ensina que o “amor tudo sofre”
(v. 7). Uma característica usual da palavra “sofrer” está em 1 Coríntios 9:12
onde lemos que sua em sua missão, apesar de suas grandes responsabilidades,
Paulo preferiu não usar do direito de "viver do evangelho" (1 Coríntios
9:14), mas "sofrer” todas as coisas para que [Paulo e seu grupo] não sejam
obstáculos ao evangelho de Cristo. “Eles sofreram tudo por causa do evangelho
de Cristo, e eles fizeram por amor, pois o amor tudo sofre, tudo suporta”. Se
amo, sou capaz de suportar qualquer tipo de provação ou angústia pelo bem
daquele a quem amo.

“O amor tudo espera” (v.7).
Dentro de um casamento muitas vezes
não temos paciência de esperar, não aprendemos a respeitar a velocidade e o
tempo do outro, somos a geração do online. Esposas quero dizer que o seu marido
e filhos, e maridos, seus filhos e esposa, não vão encontrar Jesus na mesma hora
que você, pois cada um tem seu momento com Deus, não exija que ele amadureça ao
mesmo tempo que você. A questão é: como viver esta espera pelo encontro com o
Senhor? É necessário viver um espera vigilante, uma espera diante do Senhor e
não diante das novelas, acomodado. Viva a espera vigilante, pois nosso papel é
semear, e não colher, colher cabe a Deus, viva esta espera, pois o Senhor vai
agir na hora Dele. Se estou realmente amando, creio que Deus está agindo na
vida da pessoa que amo, trabalhando e moldando como o oleiro faz com o barro.
Nunca desanimo. O amor, portanto, espera todas as coisas que foram definidas
por Deus como realidades futuras, assim como coisas que devemos ter esperança.
O mais óbvio disto é claro, a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. O ingrediente
aqui é a esperança.
E finalmente aprendemos que o “amor
suporta "tudo" (v. 7). O amor, além de ser muito paciente com as
pessoas é também muito paciente com as circunstâncias. Ele espera pacientemente
sem cair em desespero. Pela pessoa
que amo sou capaz de tudo suportar. Não fico desanimada, nem triste.
A receita do amor não termina por aqui,
teríamos muito mais ingredientes para acrescentar, porém esses que a Bíblia
Sagrada nos expõe são suficientes para levarmos um vida de amor, alegria e
harmonia. Junte todos esses “ingredientes” bons e coloque em prática com seu
próximo, seja com amigo, familiar, vizinhos e até mesmo com desconhecidos.
Agindo assim você sentirá a diferença em sua vida, pois “tudo o que semeares,
certamente colherás”. Semeie amor, o amor de Deus.
Mesmo
a humanidade não demonstrando amor, é nosso papel como cristão fazer a
diferença nesse mundo perverso, oferecer um pouco de alegria e esperança
divina.
Ame
as pessoas não com seu Amor próprio e sim com o Verdadeiro Amor de Deus, que
infinito, capaz de ajuntar mesmo quem não merece, cortar o que não é bom e te
firmar na verdade.
Assim como Deus nos amou sem merecermos,
devemos amar ao próximo mesmo quando ele nos aborrecer. Se você não consegue
amar como a Palavra de Deus prescreve, peça sabedoria em oração rogue ao Pai
para que Ele abra seu coração e preencha de amor. Só assim você será uma pessoa
melhor e poderá fazer as pessoas ao seu redor mais felizes.
“[...]
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo
o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22:
37-38).
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